Segundo a tendência europeia e norte americana no que respeita ao surgimento de movimentos masculinos contra a violência, um grupo de homens socialistas e independentes, afirmando a sua identidade de género e a sua responsabilidade cidadã e política, tomam posição publica contra a violência afirmando os seguintes princípios:
-Afirmamos uma masculinidade responsável e não violenta;
-Defendemos uma representação social da masculinidade pacífica e positiva;
-Subscrevemos o artigo 5º da Carta de Direitos Humanos "ninguém será submetido a tortura nem penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes";
-Reafirmamos a legislação portuguesa e o dever de todos os cidadãos e cidadãs de denunciar actos de violência doméstica que tenham conhecimento assim como o dever das entidades públicas, com responsabilidades nesta matéria, de agirem eficazmente contra este flagelo;
- Defendemos as relações privadas entre homens e mulheres na base da liberdade, igualdade e do respeito mútuo;
-Condenamos as relações familiares que afirmam o poder pela violência;
-Repudiamos a violência física psicológica e institucional e defendemos que a violência de género não pode continuar a ser encarada como uma visão assistencial mas tem de ser colocada no domínio do crime que é:
-Defendemos que os homens dentro das suas famílias e na sociedade têm de contribuir de forma presente para uma educação das crianças assertiva, afectiva, saudável e não violenta;
-Queremos contribuir positivamente para uma sociedade onde homens e mulheres, afirmando a igualdade de direitos e deveres de cidadania, promovam a solidariedade e a justiça social, combatendo lado a lado a violência de género;
-Afirmamos publicamente, por todos os motivos enunciados, o nosso total repúdio por qualquer forma de violência e o nosso total empenho na erradicação da violência de género.
Fonte: Jornal Cultural e de Debates, O Sul